Promotor
Centro Artes Espectáculo de Viseu, Assoc. Cult. Pedag.
Sinopse
Na sua última peça, Luigi Pirandello infunde no texto um ambiente sensorial, onírico, em que as palavras servem estados de espírito: tentativas de encontro, hipóteses de caminho, falhas no terreno. É por "Os Gigantes da Montanha", peça inacabada, interrompida pela morte do seu autor, que Victor Hugo Pontes regressa a um dramaturgo que bem conhece, depois de "Drama" (2019), a partir de "Seis Personagens à Procura de Um Autor".
«Tempo e lugar indeterminados: no limite entre a fábula e a realidade.»
Tudo o que acontece em palco é, por definição, inacabado. A ideia não é recriar em movimento o texto de Pirandello, mas transferir para o corpo dos intérpretes essa sensorialidade onírica que ali vemos, a fantasia e a ilusão, indagando os limites da comunicabilidade e a possibilidade de um sem-fim.
Em "Os Gigantes", o que resta de uma obra inacabada está logo na amputação do título. Usámos a peça de Pirandello com a liberdade recreativa que está no cerne do trabalho com a Companhia Dançando com a Diferença: talvez a «Companhia da Condessa» possa estar no corpo de um só intérprete; talvez os «Enguiçados», rodeados de si mesmos por todos os lados, esperem indefinidamente por alguém que os resgate; talvez os «Gigantes» estejam lá fora, num mundo que despreza a arte do faz-de-conta
. «O dia é cego. A noite é dos sonhos e só os crepúsculos são clarividentes para os homens. A alvorada para o porvir. O poente para o passado.»
Antecipando o perigo de nos tornarmos todos estranhos, irreconhecíveis, uns diante dos outros, lançamo-nos sem rede na folia desse faz-de-conta: os intérpretes desdobram-se em múltiplas personagens, há fatos de festa e de brincadeira, adereços, música, dança, fantasia, fantasia, fantasia. É um combate ao isolamento – cada personagem, uma pequena ilha –, estratégia para reinventar, no encontro, o caminho que procuramos.
Com "Os Gigantes", reconhecemos que todos somos afins, e é a partir daqui que a peça caminha sobre um território de comunhão e partilha, antagonista da solidão. Não chegamos a traçar os limites que separam verdade e ilusão, luz e sombra, realidade e imaginação, candura e impiedade, face e máscara, riso e lágrimas. A vida, mesmo a que apenas se vê em cena, pode ser só um sonho de vida; cada um de nós, transformado sobre o palco, pode ser um artista de sonho, ou do sonho.
Ficha Artística
Direção artística Victor Hugo Pontes
Assistente de direção Ángela Diaz Quintela
Direção artística Dançando com a Diferença Henrique Amoedo
Intérpretes Bárbara Matos, Bernardo Graça, Joana Caetano, Maria João Pereira, Mariana Tembe, Milton Branco, Sofia Marote, Rui João Costa e Telmo Ferreira
Desenho de luz e direção técnica Wilma Moutinho
Cenografia F. Ribeiro
Figurinos Pedro Azevedo
Música original A definir
Produção Dançando com a Diferença (Madeira) e Nome Próprio (Porto)
Coprodução Festival DDD – Dias da Dança, Teatro Municipal Baltazar Dias e Teatro Viriato
@ Paulo Pimenta
Informações Adicionais
Sessão Acessível AD
Preços
- Plateia - 10€
- Frisas 1º Frontais - 7,50€
- Frisas 1º Laterais - 5€
- Camarotes - 10€
Descontos
- 65 Anos ou +
- Amigos / Mecenas
- Cartão Municipal Idoso
- Família
- Fnac
- Preço Jovem
- Professores
- Profissional Espetáculo
- Sócio Acert
- Sócio Cineclube de Viseu